jueves, 19 de enero de 2012

FISIOLOGIA SISTEMA NERVOSO. II PARTE.

Estrutura e funções básicas do axonio

O transporte de organelos e moléculas, pelo axoplama, entre o pericarion e os ramos do telodendrón.

Este é necessário para a manutenção do axonio e das células associadas a ele, e para permitir a chegada ao pericarion de fatores reguladores que modulam o seu comportamento.
A condução do impulso nervoso, como o deslocamento do potencial de acção gerado por mudanças na permeabilidade a ions ao longo da membrana celular axonal (axolema) das fibras nervosas, em que o axonio está rodeado pela bainha de células de sustento.
Transporte axónico:
O transporte de organelos, enzimas, agregados macromoleculares e metabolitos, é uma função do axoplasma na qual intervêm diretamente os microtúbulos.
Ocorre em duas direções:


Quais?

Anterógrado, desde o soma neuronal para o telodedrón
Retrógrado desde os botões terminais para o soma neuronal.
A velocidade do transporte varia entre:
um fluxo lento de 0,5 um/min, ao qual se deslocam agregados moleculares como as sub-unidades proteicas que formam ao citoesqueleto axonal.
O fluxo rápidorápido anterógrado ao qual os organelos membranosos se translada a velocidades de uns 300 um/min.
O fluxo rápido retrógrado no qual as vesículas membranosas provenientes dos botões terminais, são transportados para o pericarion a uns 200 um/min.
Os transportes axonais rápidos estão mediados pela interação molecular entre microtúbulos e duas moléculas as quais são capazes de deslocar-se ao longo dos microtúbulos.
No fluxo rápido anterógrado é a molécula de kinesina, unida a um receptor na membrana do organelo transportado que se desloca, a expensas de ATP, desde o extremo (-) do microtúbulo, localizado no pericarion para seu extremo (+) No fluxo rápido retrógrado é a molécula de dineína citoplasmática (MAP1C) unida a um receptor na membrana do organelo transportado a que se desloca interactuando com a tubulina a expensas de ATP, desde o extremo (+) do microtúbulo, localizado no terminal axónico para seu extremo (-)

Condução do impulso nervoso pelo axonio 

No SNC os axonios estão rodeados pela mielina dos oligodendrocitos (fibras nervosas mielínicas do SNC), enquanto no SNP podem estar rodeados, já seja, por prolongamentos citoplasmáticas das células de Schwann (fibras amielínicas) ou pela mielina as células de Schwann (fibras nervosas mielínicas do SNP).
Os impulsos nervosos são ondas transitórias de investimento do voltagem que existe a nível da membrana celular, que se iniciam o lugar em que se aplica o estímulo.
Cada una destas ondas corresponde a um potencial de acção, Este processo é possível porque entre as macromoléculas que, como proteínas integrais, ocupam todo a espessura do axolema se encontram.
A bomba de sodio-potássio, capaz de transportar activamente sódio para o meio extra celular intercambiando por potássio. canais para Na sensíveis a voltagem, que determinam no investimento do voltagem da membrana já que ao abrir-se e permitir a entrada de Na+ fazem que o interior da membrana se volte positiva, canais para K sensíveis a voltagem, cuja activação contribui ao retorno à polaridade inicial, por saída de ions K desde o interior do axoplasma.
Nas fibras nervosas amielínicas o impulso se conduz, como uma onda contínua de investimento de voltagem até os botões terminais dos axonios na forma indicada no parágrafo anterior.
A velocidade que é proporcional ao diâmetro do axonio e varia entre 1 a 100 m/s.
Nas fibras nervosas mielínicas, o axonio está coberto por uma bainha de mielina formada pela aposição de uma série de camadas de membrana celular, que actua como um isolante eléctrico do axonio. AO longo do axonio, a mielina é formada por células sucessivas e em cada limite intercelular existe um anel sem mielina que corresponde ao nodo de Ranvier.



Nodo de Ranvier

 
É neste lugar onde pode ocorrer fluxo de ions através da membrana axonal.
A nível dos nodos de Ranvier o axolema tem uma alta concentração dos canais de Na sensíveis a voltagem.
A consequência é uma condução saltadora do potencial de acção já que o investimento do voltagem induzido a nível de um nódulo de Ranvier se continua por propagação passiva rápida da corrente pelo interior do axonio e pelo extracelular até o nódulo seguinte onde produz o investimento do voltagem.
A consequência desta estrutura é que nos axones mielínicos a condução do impulso nervoso é mais rápida. A velocidade de condução do impulso nervoso é proporcional ao diâmetro do axonio e à distância entre os nodos de Ranvier.

Sinapses 

Conduzem o impulso nervoso só numa direcção.
Desde o terminal pre-sináptico se enviam sinais que devem ser captadas pelo terminal post-sináptico. Existem dois tipos de sinapses, eléctricas e químicas que diferem em sua estrutura e na forma em que transmitem o impulso nervoso.


Sinapsis elétricas: correspondem a uniões de comunicação entre as membranas plasmáticas dos terminais presináptico e postsinápticos. Ao adoptar a configuração aberta permitem o livre fluxo de ions desde o citoplasma do terminal presinático para o citoplasma do terminal postsináptico.


Sinapses química: caracterizam-se porque as membranas dos terminais presináptico e postsináptico estão engrossadas e são separadas pela fenda sinátpica, espaço intercelular de 20-30 nm de largo. O terminal presináptico se caracteriza por conter mitocondrias e abundantes vesículas sinápticas, que são organelos revestidos de membrana que contêm neurotransmisores.


Células de sustento (Glía)
Astrocitos (astroglia)
Oligodendrocitos (oligodendroglia)
Células ependimarias
Microglia




No tecido nervoso do SNP, tanto os neurónios, gânglios, como os axonios localizados nas fibras nervosas, estão rodeadas por células de sustento.
Distinguem-se dois tipos:
Células de Schwann
Células satélites ou capsulares
Astrocitos
Têm formas despedaçadas e apresentam longos prolongamentos que se estendem para os neurónios e para as lâminas basais que rodeiam aos capilares sanguíneos (pés terminais), ou que separam ao tecido nervoso do conjuntivo lasso da piamadre, constituindo a glia limitante Os prolongamentos dos astrocitos contêm manojos de filamentos intermédios específicos formados pela proteína ácida fibrilar. Identificaram-se dois tipos de astroglia:
Astrocitos fibrosos que se associam de preferência às fibras nervosas da substância branca.
Astrocitos protoplasmáticos que se concentram de preferência associados aos pericardiones, dendritas, terminações axónicas na substância cinzenta.



ASTROCITOS.


Oligodendrocitos
São menores e com menos prolongamentos do que a astroglía. O seu núcleo é rico em heterocromatina e seu citoplasma contém ergastoplasma, polirribosomas livres, um aparelho de Golgi desenvolvido e um alto conteúdo em microtúbulos, tanto no citoplasma que rodeia ao núcleo como em seus prolongamentos.
A Sua função mais notável é a formação da mielina, que rodeia aos axonios do SNC.
O processo de mielinização do axonio pelo oligodendrocito é similar ao da célula de Schwann.
No entanto uma oligodendroglia pode formar mielina em cada una de suas prolongamentos que se aderem inicialmente a um axonio, de modo que internodos mielinizados de vários axonios dependem um oligodendrocito.

Células EpendimáriasFormam um tipo de epitelio monostratificado que reveste as cavidades internas do SNC que contêm ao líquido cefalo raquídeo (ventrículos e conduto do epéndimo).
Unem-se entre si por complexos de união similares aos epiteliais mas carecem de zona de oclusão, de modo que o liquido cefaloraquídeo se comunica com os espaços intercelulares existentes entre as células nervosas e as glías.
Apresentam igualmente longos prolongamentos em sua zona basal que se associam aos prolongamentos da astroglia e em sua superfície apical apresenta microvilosidades e cílios.

Estrutura básica do SNP_SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO


NERVOS que são feixes de fibras nervosas, mielínicas ou amielínicas, mantidas juntas por tecido conjuntivo organizado em forma específica.
Os axonios das fibras nervosas podem pertencer a neurónios motoras do SNC, neurónios sensitivas e neurónios pre ou post-ganglionares do SNA


GÂNGLIOS que contêm os corpos dos neurónios. Nos gânglios do sistema nervoso autónomo se encontram os terminais axónicos dos neurónios pre-ganglionares e o pericarion, dendritas e axonios dos neurónios post-ganglionares efectores.
Nos gânglios raquídeos, além dos neurónios se encontram só suas células satélites.






LINK PRÁTICA:


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